De tempos em tempos, meu marido me olha nos olhos, nas horas mais inesperadas, e pergunta: “Você é feliz?” E até onde me lembro, faço uma cara de enfado e dou sempre a mesma resposta: “Sou sim.” Daí ele vem: “E por que você é feliz, Mônica?” Então eu respondo: “Porque Jesus entrou na minha vida e desde então nunca mais me senti só, sei que Ele sempre estará comigo”. “E por que mais você é feliz?” “Pela minha família”. No fundo, acho que ele quer que eu diga: porque você é o melhor marido do mundo! hahaha
Engraçado que eu nunca havia parado pra pensar sobre isso! Agora estou aqui, prestes a tecer elucubrações sobre o tema de dezembro, do Karíssimas, e essa pergunta veio a minha mente: sou feliz? Sou feliz mesmo?
Tive o privilégio de vivenciar meu novo nascimento em 1986 e, nos idos daquela década, certo hino era sempre cantado na saudosa Igreja Presbiteriana Pioneira, lá de Anápolis, cujo refrão diz: “Conta as bênçãos, dize quantas são, recebidas da divina mão! Vem dizê-las, todas de uma vez, e verás surpreso, quanto Deus já fez!”
Desde então, sempre procuro olhar pros meus dias e ver cada pequeno detalhe, cada situação em que Deus, bondosamente, age, suprindo, livrando, consolando, alegrando e curando. Claro que às vezes Ele age de maneira exuberante e magnífica, mas, em geral, se manifesta nas pequenas coisas.
Repetidamente me pego agradecendo a Deus pela cama limpinha, pelo banho quentinho, por ter um teto sobre a minha cabeça, pelos livramentos daquele dia, que eu nem sequer percebi, pela condição que Ele dá de poder comprar um remédio, de ter um plano de saúde, e de ter comida na mesa diariamente.
Temos mania de pedir grandes milagres a Deus, curas espetaculares, suprimentos mirabolantes, intervenções fantásticas e sobrenaturais. Ele pode fazer coisas assim? Óbvio que pode. Ele ainda age com o mesmo poder de quando separou as águas do Mar Vermelho, ou de quando fez o sol parar, de quando enviou corvos para sustentar Elias, ou de quando deu uma vitória impossível a Josué, diante do poderoso reino de Jericó. Contudo, Ele age como, quando e da maneira que Ele quer para que os propósitos d’Ele sejam cumpridos, e não os meus ou os seus.
Veja bem, eu não estou dizendo que não podemos rogar ou clamar por um milagre ou por um grande feito de Deus, o que quero destacar é que devemos, sempre, agradecer pelas pequeninas coisas que, mesmo pequeninas, são fundamentais para que nossos dias sejam pacíficos e tranquilos.
Se você já tem esse costume, ótimo, se não tem, quem sabe poderia começar agradecendo sempre:
– por levantar de manhã, poder abrir os olhos, poder usar suas pernas e braços e ir ao banheiro sozinha;
– pelo cheirinho gostoso de café que você sente de manhã e por poder saboreá-lo;
– pelo seu trabalho, mesmo que seja o serviço de casa;
– pelo calor ou pelo frio (temos mania de só reclamar do clima, não é?);
– pela água que sai da torneira;
– pela bagunça que seus filhos fazem em casa (acredite, um dia eles irão embora e você vai surtar com a casa arrumadinha todo santo dia);
– pela variedade de frutas e legumes que você pode comprar na feira, no mercado ou no sacolão;
– por aquela amiga que está sempre ali quando você precisa;
– pelo dia que está começando e por tudo que o Senhor fará nele;
– por aquele arroz e feijão do dia a dia que, mesmo sendo uma comidinha básica, é prova do amor e provisão de Deus na sua vida.
Enfim, motivos há milhares. Você tem os seus, eu tenho os meus… vamos contar as bênçãos e, tenho certeza, você ficará SURPRESA de ver o quanto Deus já fez!
Fotografia: Andrew Neel on Unsplash
Que palavra abençoada Mônica! Deus continue a iluminar a sua vida, sempre! 👆🏻🙏🏻👏🏻🎄
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