A porta de entrada do lar

Quando questionada sobre o que Deus esperava dela, contou a um animal, mas seu relato demonstra que não havia prestado atenção em tudo!

Será que por ser a primeira mulher da história, ela imaginava que suas decisões teriam tanto poder? Pode ser que ela não imaginava, que não tivesse noção de sua responsabilidade como a mulher da casa, mas seu “desconhecimento” não a livrou das consequências.

Eva, ao comer do fruto, não vê sua nudez antes de entregar ao seu marido, o líder do lar, estabelecido por Deus. Quando seu companheiro come, então os dois enxergam sua situação e, em seguida, são chamados por Deus. Eles são uma só carne, e o elo se completa quando ele confia em sua esposa e se alimenta do que ela lhe dá. Infelizmente se completou para colher um resultado ruim.

A mulher, escolhida para ser auxiliadora e o corresponder, contribui na entrada do pecado em sua casa. E todos os dias, horas e minutos, colhemos o peso dessa decisão tomada.

Não estou aqui para colocar mais peso em Eva do que ela já carrega em sua história, mas para pensar numa verdade incrível, mas tensa, que Eva nos ensina ao tomar decisões. Precisamos saber quem somos em nossa casa.

A mulher é a porta de entrada do seu lar, tanto da edificação, quanto da destruição. Por não estar atenta a voz de Deus, Eva permite que o pecado entre no seu lar e toda sua descendência paga o preço. Aprendemos desde cedo que a mulher sábia edifica a sua casa, e a tola (sem juízo, insensata, que despreza a sabedoria) com suas próprias mãos (decisões, escolhas?) a destrói. Talvez aqui possamos entender a origem desse sábio conselho de Salomão.

Nossa vida é feita de pequenas decisões diárias e, como mulher, você sabe bem disso. Os grandes problemas e crises vêm de coisas pequenas que se tornam grandiosas. O que destruiu a casa de Eva foi o simples ato de comer. Mas o que a condenou não foi o conteúdo da árvore, mas o que estava por trás da ação de comer o fruto.

O que fazer na hora de tomar uma decisão, sabendo que tudo que decidirmos influenciará diretamente minha casa, casamento e filhos?

Nem sempre o que nos trará destruição e problemas será o conteúdo de nossa escolha, mas o que está por trás dela. O que vai significar diante de Deus, diante do mundo espiritual?

Existem princípios que tento seguir ao tomar decisões. Talvez você pense: eu não decido nada sozinha! Sempre divido com meu marido e escolhemos juntos. Mas, o problema maior não é a grande decisão, são aquelas que fazemos no silêncio, que parecem triviais, pequenas, e que talvez, pela distração, já levamos prontas para o marido, com toda a argumentação pronta, esperando um aval. Ou, talvez, aquelas em que estejamos distraídas o suficiente, para dizer sim ao marido, sem avaliar, mesmo que estejamos enganadas. “Ah, eu não entendo desse assunto, ele que sabe o melhor”.

Considerando esse pequeno contexto, sobre a nossa responsabilidade ao tomar decisões e o peso delas em nosso lar, gostaria de compartilhar com você algumas atitudes/questionamentos que tento colocar em prática ao fazer escolhas, considerando meu papel (auxiliadora, porta de entrada), e minha responsabilidade.

  1. Essa decisão agrada a Deus? Essa escolha quebra alguma lei de Deus?

Esses dias nos ofereceram um plano de TV muito barato. Pela segunda vez. Parecia algo tão trivial… Escolha de um pacote de canais?

“Ah, mas várias pessoas usam, inclusive da igreja!”

“Vou ser apenas mais um!”

“Parece que veio de Deus, num momento que precisamos gastar menos”!

Esses são pensamentos e argumentos induzidos pela nossa carne. Mas ciente dessa responsabilidade, precisei lembrar meu marido de alguns detalhes que iam passando despercebidos. Não era uma empresa e não sabemos se teria nota fiscal. Isso é roubo. Se precisamos realmente disso, vamos pagar o preço que realmente custa, doendo no bolso, mas sendo recompensados por Deus. Resumo da história? Não assinamos nem um e nem outro.

E você pode passar por outras situações parecidas como essa.

Mulheres e moças têm quebrado princípios importantes, como o do jugo desigual. Com a esperança e motivação de que “isso é coisa do passado”, ou “em breve consigo trazer ele pra igreja”, ou “Deu certo com fulana, ciclana…”. O pior são as mães que ficam contra a liderança da igreja e a favor dos filhos nessas escolhas, com medo de perdê-los. São a porta de entrada… pra?

Filha de Deus, seja radical em obedecer. Diga não e corte o que está crescendo antes que crie raízes. Depois será mais doloroso de arrancar, e talvez as folhas tapem sua visão, e não encontre mais o ponto certo de enfiar a faca!

  1. Estou em condições de tomar essa decisão hoje?

Precisamos estar atentas ao nosso ciclo menstrual, aos hormônios, estados de humor… Não podemos colocar a culpa nessas coisas, mas precisamos ter um bom autoconhecimento, sabendo que nosso coração (sentimentos, escolhas, pensamentos) é enganoso e corrupto, e em situações alteradas de nossa mente, podemos nos precipitar.

Quando é a hora certa de ter “aquela conversa” com meu marido sobre relacionamento, falhas, coisas que machucaram? Ou com minha mãe, família, pastor, amiga, entre outros?

Com certeza não devem ser iniciadas em ocasiões como aquelas. Fale com Deus antes de “soltar os cachorros”. Antes de chorar e se derreter, e de chantagear com suas lágrimas ou explosões.

Também não devemos dizer SIM ou NÃO, muito felizes, muito tristes, com muita raiva, muito cansadas, com fome, entre outros “muitos”.

Que decisão há tão importante que não possa esperar um ou dois dias? Durma, coma, estabilize-se.

  1. Vou decidir por medo ou porque quero glorificar a Deus?

Medo de: ficar sem dinheiro, ficar pobre, baixar o padrão de vida, ser ignorada, abandonada, rejeitada, ficar longe de amigos, ficar para trás, do que vão dizer sobre mim se não tiver uma resposta rápida… entre outros milhares que produzimos.

Seja uma troca de emprego, uma nova (ou primeira) gravidez, cargo na empresa, amizade que me afasta de Deus, uma compra no supermercado ou no shopping…

Estou pensando em dizer SIM ou NÃO para uma dessas coisas colocando o que na frente? Os medos ou a glória de Deus? Ele é a nossa honra!

“A minha salvação e a minha honra de Deus dependem…” (Salmo 62:7)

Tudo que vamos fazer, até comer ou beber, deve ser para a glória de Deus. (I Co 10:31)

  1. Estou aberta mesmo para ouvir a Deus?

Seja intima de Deus, não companheira. Eva era companheira, todos os dias caminhava com Ele. Mas não esperou o próximo encontro para tirar dúvidas sobre o que ouviu da serpente. Que triste! Ela tinha o costume, mas não tinha confiança. Como anda sua vida com Deus? Amigos de verdade voltam pra perguntar.

Somos a porta de entrada do nosso lar. O que vamos deixar entrar? O que decidirmos vai tomar conta de tudo! A nós foi dada essa responsabilidade, e diferente de Eva, temos um manual de instruções completo!

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