A expressão que dá título ao texto de hoje faz referência aos melhores, a nata, os tops, aos que se destacam em um determinado grupo ou categoria. O principal rei que Israel já teve, Davi, era um excelente combatente e sabia todas as qualidades que um bom soldado deveria ter. É de se esperar, portanto, que seu exército fosse um grande conjunto de homens habilidosos. Curioso, todavia, é notar que dentre um exército repleto de talentos, haviam homens que se destacavam sobremaneira. O relato bíblico nos conta que 37 foram os famosos soldados do exercito de Davi. Desses, 30 tiveram seus nomes destacados no texto de 2 Samuel 23 e esse já é um reconhecimento incrível. Mas, “crème de la crème” pra valer, foram apenas três: Josebe-Bassebete lutou contra oitocentos homens e matou todos numa batalha; Sama defendeu uma plantação de ervilhas que estava sob ataque e derrotou o inimigo e Eleazar permaneceu em combate, segundo o texto, mesmo depois dos israelitas já terem batido em retirada. Eleazar lutou contra os filisteus até “sua mão ficar dormente e grudar na espada” (v. 10). Deus concedeu uma grande vitória naquele dia e o exército voltou somente para saquear os mortos.
Qual o limite na comunicação com Deus, especialmente no que diz respeito a nossas necessidades e desejos? Quando é hora de parar de orar pela cura de uma doença, por um bebê tão desejado ou pela conversão de uma pessoa? Quando é hora de parar com esforços e recursos que, aparentemente, estão sendo em vão? Essas dúvidas têm ainda mais peso nos dias de hoje, acostumados que estamos a sucesso instantâneo e resultados rápidos.
Eleazar não recuou e continuou lutando. Não haviam indícios de que Israel venceria aquele combate. Estando sozinho no campo de batalha era bem improvável que ele sobrevivesse e provavelmente o desfecho seria rápido – afinal, quanto tempo um exército leva para matar um combatente solitário? Mas Eleazar sobreviveu a um golpe, depois a outro, escapou de mais um à direita e de outro que vinha por trás e assim, golpe após golpe, com a mão dormente sem nem conseguir soltar a espada, foi escrevendo a vitória de Israel na História e nos deixando um exemplo de persistência.
A vida cristã não tem atalhos. Deus não segue nosso cronograma. É preciso orar, trabalhar e esperar a resposta dEle e essa resposta pode ser – ou não! – a cura para a doença, o bebê tão aguardado ou a conversão daquela pessoa querida. Fato é que, ou persistimos na batalha para desfrutar do resultado – lembrando a fiel promessa de que somos mais que vencedores (Romanos 8:37) – ou apenas voltaremos para saquear os mortos. Qual a sua escolha?
Fotografia: Anita Austvika on Unsplash
Uau! Esses valentes de Davi têm muito a ensinar. Obrigada por resgatar essas histórias e conecta-las com esse assunto, Cintia!
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Pri, Eu lembro deles todos os dias especialmente quando a luta fica mais pesada! Um beijo!
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