A decisão mais difícil do ano

Certo dia, um rei que julgava entre seu povo foi procurado por duas prostitutas para analisar um conflito e tomar uma decisão que pusesse fim à disputa. A primeira mulher relatou: “Alteza, eu e esta mulher vivemos as duas na mesma casa. Engravidamos na mesma época e dois dias depois de eu dar à luz um menino, ela também deu à luz um menino. Uma noite, ela rolou sem querer sobre o seu filho e o sufocou. Ela então levantou-se e trocou meu bebê vivo pelo filho dela morto. No dia seguinte, ao levantar-me para amamentar, vi que o bebê estava morto mas, reparando bem, percebi que aquele não era meu bebê”. A outra mulher revidou, negando que tivesse trocado os bebês, e a discussão das duas mulheres prosseguiu até que o rei decidiu como resolveria o conflito. Ele pediu que trouxessem uma espada e proferiu sua decisão: “Cada uma de vocês diz que a criança viva é a sua, e que a morta é da outra. Cortem a criança viva pelo meio e deem metade para cada uma destas mulheres”. A verdadeira mãe do menino, cheia de amor por seu filho, então rogou: “por favor, não mate o meu filho! Entregue-o a esta mulher!”. A outra mulher, por sua vez, concordou: “podem cortá-lo em dois, assim ele não será nem meu nem seu”. E essa foi a maneira que o Rei encontrou para descobrir quem era a verdadeira mãe do bebê.

O Rei que protagonizou essa história foi o famoso Salomão, um dos reis mais proeminentes da História de Israel.  Todo o povo ficou sabendo do que havia se passado e, segundo a narrativa em 1 Reis, “sentiram por ele um grande respeito pois viram que Deus lhe tinha dado sabedoria para julgar com justiça“.

Estamos vivendo uma época muito turbulenta em nosso país e mesmo que você não esteja nas redes sociais e nem assista televisão, já deve ter percebido a comoção em que nossa população se encontra diante do desafio de eleger nossos próximos Presidente, Governador, Senadores e Deputado Federal. A mídia está adorando porque todo dia tem uma polêmica nova: os candidatos ofendem os oponentes do alto dos palanques, os eleitores empunham suas hashtags para se digladiar nas redes sociais, vários coadjuvantes tentam a qualquer custo influenciar os eleitores – especialmente os indecisos, categoria na qual eu me incluo já que não tenho definido como votar para alguns dos cargos em disputa.

Para nós, cristãos, o exercício da cidadania pesa muito mais sobre os ombros porque não se trata apenas do cumprimento de deveres e do exercício de direitos mas trata-se de obediência à Palavra de Deus que orienta a nos submetermos aos nossos governantes e orar por eles, mesmo que não tenham sido nossa escolha nas urnas.  Em eleições anteriores, eu tive mais facilidade para decidir meus votos e isso não tem sido de todo ruim já que diante da dificuldade para tomar uma decisão eu tenho buscado a Deus mais especificamente sobre o assunto e tenho pedido por sabedoria para analisar corretamente os candidatos e fazer a melhor escolha para o meu voto.

Como nação, estamos diante da decisão mais difícil do ano. Eu me junto aos brasileiros que querem um Brasil livre de corrupção, uma nação em que as famílias possam criar seus filhos num ambiente seguro e saudável, em que as necessidades básicas da população sejam supridas com qualidade e que nossa classe política seja íntegra e governe o povo com sabedoria. Estou incomodada com a situação em que o país se encontra e indecisa com relação à minhas escolhas. Mas penso que o caminho da indecisão é também o caminho da oportunidade de nos achegarmos a Deus e pedir sabedoria para decidir quem vai receber nosso voto no próximo dia 07 de outubro. Deus fez uma oferta a Salomão: Ele concederia qualquer coisa que o Rei pedisse. Salomão pediu sabedoria e a recebeu. Nós também podemos pedir Sabedoria e graciosamente a receberemos (Tiago 1:5).

Assim, que no dia da eleição não votemos motivados pela raiva, pelo desespero ou pelo apego às nossas preferências pessoais mas votemos com sabedoria motivados pela esperança de viver num Brasil melhor.

Nota da autora: Não faço propaganda de nenhum candidato ou legenda, não tenho político ou partido de estimação e exerço o direito de manter secreto meu voto. 

 

Fotografia: sergio souza on Unsplash

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