Em meados de 2013 eu finalmente percebi a minha desordem emocional. Noites seguidas de insônia e a forte angústia que sentia o tempo todo me levaram a entender que havia dentro de mim uma preocupação excessiva com o que aconteceria amanhã. Diante das responsabilidades que assumi no jornal impresso onde eu atuava, buscava fazer o trabalho com esmero mas sempre parecia ser um esforço insuficiente. E assim eu perdia o sono pensando no que podia ter feito diferente. De manhã, de tarde e de noite, em todas as gavetas que eu abria nos pensamentos, havia a necessidade de antecipar e controlar possíveis cenários futuros, que na maioria das vezes nunca chegaram a se concretizar. Ou seja, vivia numa roda de hamster: correndo, suando, porém sem chegar a um lugar satisfatório. Sem saber o que fazer com esse minicaos, deixei de lado velhos preconceitos e recorri à Terapia Cognitivo-Comportamental. Após algumas sessões, a psicóloga trouxe o diagnóstico: Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
Como assim?! No início fiquei assustada. Como uma pessoa cristã pode ser ansiosa? Como explicar esse comportamento, se Jesus cuida de mim e das pessoas ao meu redor? E por que preciso tomar remédio pra ansiedade, se o Senhor pode me curar? Essa última pergunta foi a mais difícil. Rs. Naquele momento, entendi que eu havia ultrapassado os meus limites ao longo de vários anos e precisava seguir o tratamento (ferramenta divina para a cura). Ao mesmo tempo necessitava adquirir novos hábitos: dormir mais cedo, reduzir a ingestão de café, usar uma agenda e praticar atividade física com regularidade. Claro que eu falhei (e ainda falho) no respeito a essas regrinhas, mas fui descobrindo alternativas pra desacelerar a mente. Duas dessas receitas são a corrida de rua e a contemplação da criação, principalmente do nascer e do por do sol. Mas não pense que é fácil pra mim aquietar a alma, mesmo quando decido relaxar. Quer ver? Leia rapidinho essas duas histórias.
uau! Amei. Obrigada por compartilhar e ser sincera sobre si. Transparência ajuda trazer identificação. Exige coragem tb.
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Obrigada, Mônica. De coração! Pra mim, que sou tímida e reservada a maior parte do tempo, é uma superação falar sobre esse assunto. Mas descobri ao longo dos últimos anos que posso fazê-lo, na força do Pai. De um jeito simples e direto, respeitando certos limites – separando o que é essencial do que não é. E me alegra saber que valeu a pena compartilhar essas histórias com você. Que Jesus te abençoe a viver de-sa-ce-le-ra-da-men-te. Hehe 🙂
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Amém! Com certeza valeu. Que o Senhor nos ajude rs.
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Muito Bom! Amo teus textos.
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E eu sinto-me privilegiada por saber que você leu, tia Lena!
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Suas palavras e experiências serviram de alimento para a alma! Saudades
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Que bom saber que Deus age em Sua Igreja de modo tão criativo e multiforme. Embora nossos contextos, cidades, experiências e personalidades sejam diferentes, podemos ajudar uns aos outros como irmãos e irmãs. Deus a abençoe, Belinha!
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Fiquei imaginando o RATÃO passando na sua frente! hahaha
Agora, falando sério, que bom que você foi corretamente diagnosticada e tratada. Muito gente entra na roda vida, não dá pausa e acaba tendo um infarto!
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