Não quero ser uma mulher maravilha

Em meio a todas as conquistas já feitas nos últimos dois séculos, ser mulher ainda tem seus desafios e, por incrível que pareça, os piores desafios que temos enfrentado hoje são impostos por mulheres, pelo universo feminino, seus padrões, suas novas regras de conduta e, consequentemente, por cobranças que acabamos impondo a nós mesmas.

Somos o sexo frágil, sim, nós somos. Amamos intensamente, somos sensíveis, somos observadoras, somos apaixonadas, inquietas, sonhadoras, inseguras sim, por que não? São tantos os sentimentos, as definições, que não cabem em nós, transbordam. Transborda feminilidade, feminilidade essa que o mundo tenta usurpar, querendo nos tornar ríspidas, brutas e frias. Não precisamos ser assim para sermos guerreiras, já nascemos assim, prontas para as batalhas da vida. Somos filhas, esposas, mães, avós, amigas, somos fortes, somos mulheres!

Somos como diamantes lapidados com muito cuidado e precisão, mas que vêm sendo aos poucos cobertos por poeira e mais poeira, e isso tem feito com que nosso brilho e valor sejam esquecidos e desprezados. Nossas mentes vêm sendo bombardeadas há muito por ideologias que, na verdade, vêm tirando o direito de sermos femininas.

Reconheço as mudanças, boas mudanças, que ocorreram devido à primeira onda feminista durante o século XIX e não me faço de cega diante das desigualdades que foram tratadas e vencidas ali. Você deve estar pensando: “hum, ela é um pouco feminista”. Mas sinto informar que não.  Pelo contrário, tenho muitas ressalvas em relação às ideologias feministas, sua busca por uma supremacia feminina e o grande estrago que tais pensamentos têm feito no meio cristão.

O feminismo vem alterando a maneira que vemos o mundo a nossa volta. Pior que isso, tem alterado a maneira que passamos a nos enxergar. Passamos a olhar as coisas pela ótica feminista e sabe qual o problema nisso? Estamos lendo a Bíblia com essas lentes embaçadas. E lá estão nossas jovens dizendo em tom, quase que de protesto, que: “a Bíblia é sexista, tem uma visão patriarcal e machista sobre as mulheres. ”

Aos poucos, temos deixado a maneira bíblica de ver o papel da mulher. Estamos deixando de apreciar nossa feminilidade e ela vem se tornando quase que ofensiva. Fomos contagiadas pela “Síndrome da Mulher Maravilha”, que precisa provar para o mundo que é autossuficiente.

Então, o que fazer a respeito, já que tais pensamentos impregnaram nossa cultura e alteraram o conceito do que é ser mulher nos dias de hoje?  A resposta é simples, mas tem seu preço. Vamos fazer o que os cristãos sempre fizeram, vamos andar na contramão do mundo.

Precisamos resgatar o valor da mulher, o propósito para o qual Deus nos criou, em nossa individualidade, algo que há muito vem sendo não só esquecido, como muitas vezes desprezado.  O que lemos no primeiro capítulo do livro de Gênesis deixa claro que não somos diferentes em valor ou dignidade.

Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1:27 NVI)

Deus nos fez, homem e mulher, à sua imagem e semelhança. Não somos inferiores, pelo contrário, somos parte de uma grande obra de um Criador amoroso e cuidadoso. Deus nos fez assim, com hormônios e temperamentos que nos fazem ir do riso ao choro em segundos e todas as nossas peculiaridades não nos tornam fracas ou inferiores, mas parte de um projeto em que as partes se complementam.

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2 NVI)

Deus a convida a deixar sua capa de “Mulher Maravilha” e voltar seus olhos para as verdades da Palavra d’Ele. Ele não nos criou para sermos subjugadas ou escravizadas como muitos acreditam ser o significado de submissão. Não somos autossuficientes, ninguém é. E como cristãs, precisamos ter isso firme em nossas mentes.

 

Fotografia: Pixabay

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