Por onde começar

Por onde começar? Eis a pergunta que sempre vem à mente quando me deparo com os deveres diários, seja preparar o almoço, fazer a faxina da semana, uma atividade da faculdade, ou até mesmo iniciar o dia no trabalho. É como se do começo dependesse todo o desenvolvimento e também o resultado. E na verdade depende.

Tantos minutos para isso, outros tantos minutos para aquilo… Extremamente organizada, assim funciona a minha mente. Tudo “controlado” por começos e, com certeza, por instantes dos quais dependem todo o resto. Muitas vezes os dias começam todos da mesma forma, há um certo padrão a ser seguido para que tudo dê certo. Quando o dia começa mal, fora do eixo, ou quando algo não sai como o planejado, a grande tendência é que todo o resto siga o mesmo caminho.

Não consigo disfarçar a inquietação a respeito do dia de amanhã, tanto o amanhã bem distante, quanto o amanhã de fato. O que irei preparar para o almoço é a pergunta que passeia minha mente agora, enquanto escrevo – por onde irei começar? Onde estarei daqui a dez anos é a pergunta que reverbera entre meus ouvidos em diferentes momentos. No entanto, quem sou eu para desejar ter tanta certeza a respeito de todas essas coisas? A verdade é que, por mais que me preocupe, não cabe a mim acrescentar um hora sequer à minha vida (Lucas 12.25).

Na incansável e ao mesmo tempo frustrante tentativa de controlar o tempo, os minutos, os resultados, descubro que não há muito a fazer, a não ser me esforçar para desempenhar tudo com amor e dedicação. Meu alento e segurança estão em saber que há Alguém que trabalha enquanto eu descanso, que zela pelos que O amam e que vê a minha vida como um filme completo – Ele, sendo onisciente, já sabe o que acontecerá nos últimos segundos; sendo um Deus amoroso, me instrui para que o final seja feliz, ou seja, conforme seus desígnios de amor.

A esse respeito somos instruídas pela Palavra do Senhor: “Não andeis ansiosos por motivo algum; pelo contrário, sejam todas as vossas solicitações declaradas na presença de Deus por meio de oração e súplicas com ações de graça. E a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.” (Filipenses 4.6-7) Em outras palavras, não é sábio que se deixe a preocupação tomar conta das nossas mentes e nossos corações. O que devemos fazer é deixar todas elas aos pés de Cristo, a fim de que Ele nos ajude nos desafios diários e nos dê a certeza de que nosso coração está bem guardado em suas poderosas mãos.

Com certeza esse assunto é bastante abordado no mundo cristão, contudo o desafio de praticá-lo, de confiar naquilo que não é visível – o desafio da fé – pode parecer algo bastante assustador. Admito que, vez ou outra, falho nesse quesito. No entanto, estou segura sabendo que a fidelidade de Deus não depende de mim, mas tão somente d’Ele, que é fiel.

Nos momentos de incertezas e tribulações podemos sempre descansar na certeza de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8.28), e isso basta. Não há começo ou recomeço tão difícil e incerto que já não seja conhecido por Ele. Portanto, para começos de novas fases, ou começos de novos dias, confiemos sempre no Autor e Consumador da nossa fé e comecemos em Seus braços de amor.

“Como é bom poder pertencer a um Deus de amor

Como é bom poder confiar em tua fidelidade

Eu descanso em Ti, eu espero em Ti

Eu te adoro, Deus de amor.”

(Deus de Amor – Diante do Trono)

 

Fotografia: Pixabay

 

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